Chaves para aumentar a vida útil dos transformadores com a máxima fiabilidade

12 Jan 2017

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Os transformadores são um recurso vital nos processos de geração, transporte, distribuição e utilização da energia elétrica, pelo que, apesar da escassa atenção que podem receber por parte dos responsáveis de manutenção, são um componente presente nas instalações industriais que necessitam de um cuidado específico.

O transformador é um equipamento robusto e com um elevado custo, cuja vida útil em condições normais de funcionamento pode ir muito além da vida útil indicada pelo fabricante.

No entanto, devem ser tidas em conta as condições tanto externas como internas que podem afetar o transformador e, por conseguinte, podem provocar a diminuição da vida útil, gerando defeitos, falhas ou inclusive avarias que, em alguns casos, podem chegar a ser catastróficas, afetando pessoas e bens.

O custo de uma paragem não programada ou de um sucesso catastrófico, para além de afetar as pessoas e tudo o que isso implica, tem repercussões económicas e de imagem que podem provocar um impacto gravíssimo na propriedade.

Manutenção relativa à segurança e à saúde

Deste modo, é necessário planificar atividades de manutenção nos transformadores com uma dupla finalidade: aumentar a vida útil e conseguir que o equipamento trabalhe em condições de máxima fiabilidade.

Neste sentido, devem diferenciar-se duas atividades que podem parecer confluentes, quando na realidade são complementares. Tratam-se das atividades de inspeção regulamentar realizadas por um Organismo de Controlo Autorizado (doravante OCA) e da atividade de manutenção.

A atividade de inspeção oficial deve ser realizada por um OCA nos prazos definidos no RD 3275/1982 (pelo menos a cada 3 anos) e o seu objetivo é estabelecer as condições e garantias técnicas a que devem ser submetidas as instalações elétricas de mais de 1000 volts, com o objetivo de:

  • Proteger as pessoas e a integridade e funcionalidade dos bens que possam ser afetados pelas mesmas instalações.
  • Conseguir a regularidade necessária nos fornecimentos de energia elétrica.
  • Estabelecer a normalização necessária para reduzir a extensa tipificação que existe na fabricação de material elétrico.
  • A ótima utilização dos investimentos, de forma a facilitar, desde o projeto das instalações, a possibilidade de adaptá-los a futuros aumentos de carga racionalmente previsíveis.

A partir de junho de 2016 entrou em vigor o novo RD 337/2014. Desta forma, as inspeções realizadas por um OCA nos transformadores asseguram todos os aspetos de segurança e saúde, mas não são o meio para conhecer o estado do equipamento que pode ajudar a aumentar a vida útil e a melhorar a fiabilidade do mesmo. Os relatórios do OCA são entregues à administração, sendo comparados com os relatórios de diagnóstico, cujo objetivo é a identificação de ações para o departamento de manutenção.

Partindo do princípio de que o transformador cumpre as condições de segurança e saúde, existem vários métodos para conhecer o estado de um transformador.

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