Tudo o que tem de saber sobre a manutenção preditiva de motores a gás estacionário

IMG_Motor_Gas_02_767x431

Os óleos de motor a gás devem ser formulados e selecionados com base no combustível que se for utilizar (gás natural, biogás, etc.), as condições de trabalho do equipamento e as diferentes legislações nacionais relativas a emissões.

As exigências requeridos aos óleos são cada vez maiores, pelo que é importante a seleção de um bom óleo base e aditivos.

Na hora de selecionar o óleo lubrificante que se vai utilizar no motor a gás, é recomendável seguir as recomendações do fabricante do motor (OEM) e a assessoria técnica do fornecedor do lubrificante. O óleo é um elemento vital do motor a gás, pelo que se deve considerar como mais um componente da máquina e não como um produto descartável.

Os defeitos ou as falhas que se apresentam neste tipo de motores identificam-se bem, pelo que, mediante a seleção de um programa de análise de óleo focado na deteção destes possíveis problemas, será possível detetar grande parte deles prematuramente e antecipar-se à sua manifestação, ou minimizá-los, se não for possível evitá-los. Um programa de análise no qual não se analisa todos os parâmetros necessários será prejudicial para o motor por não ser possível determinar-se precocemente as falhas.

É por isso que a análise de óleo é a melhor ferramenta de manutenção preditiva-proativa do ponto de vista custo-benefício. Cada motor deve ser controlado independentemente, pois todos têm diferentes tendências. Além disso, ajuda a definir os períodos de mudança do lubrificante e deteção precoce das falhas.

Depois de definir o programa de análise, com o pacote de ensaios focados na deteção de grande parte dos possíveis problemas que se podem manifestar num motor de gás, deve-se definir os limites de alerta e perigo para cada um dos parâmetros.

Outro dos grandes problemas que existem hoje em dia é que existem certos ensaios, como o i-pH e a Nitração que não estiveram segundo uma normativa internacional, ou a existente não era excessivamente representativa de como estava a evoluir o parâmetro em questão. Isto originou uma série de problemas de interpretação dos resultados, tanto por parte dos laboratórios como dos utilizadores e fabricantes do lubrificante e motores. Os resultados dos estudos inter-laboratório (RRT) mostram que existe uma interpretação incorreta dos resultados destes ensaios por grande parte dos laboratórios de todo o mundo e os comités deveriam analisar estas situações para corrigir este tipo de situações.

Com a introdução de novos métodos normalizados para a determinação do i-pH e da Nitración, torna-se crucial que os OEM reflitam nos seus guias de manutenção essas normas, assim como os valores de vigilância e perigo para esses parâmetros. Desta forma, minimizar-se-ão os problemas comentados que existem atualmente na hora de diagnosticar diferentes laboratórios as amostras de óleo de motor a gás.

Um caso claro é o da nitração. Para realizar uma correta análise dos resultados da medição da nitração e todas as que são realçadas através da técnica de IR, deve-se ter um completo conhecimento das metodologias utilizadas (linhas bases, tipos de cálculos, etc.), e as OEM, que deverão detalhar os critérios que estes utilizaram para definir estes limites.

Por fim, deve-se mandar amostras de óleo com uma frequência determinada para poder estabelecer as tendências de cada um dos parâmetros. É indispensável definir e levar a cabo um plano de recolha de amostra e imediata análise da mesma. O óleo lubrificante é considerado como “o sangue do motor”, pelo que, tal como uma análise periódica de sangue, a de óleo de motor faculta informação-chave para o diagnóstico do estado do paciente: o motor.

  • Informação Proativa:
    • Estado do motor: Conteúdo em metais de desgaste, identificação e evolução.
    • Estado do óleo: A evolução em serviço das suas principais características permite prever a sua vida remanescente e se sofreu contaminação externa.
  • Informação Reativa:
    • O estudo dos dados obtidos num plano de recolhas de amostras periódicas pode ajudar a determinar a origem de uma avaria mecânica e/ou a prever uma falha.
    • Em muitas ocasiões, um desvio súbito nos valores habituais e/ou a deteção de metais ou substâncias não habituais oferecem pistas para identificar a origem de uma contaminação ou mudanças no meio de trabalho do motor.

A Lubrication Management recomenda analisar o óleo dos equipamentos através das suas análises para manter os equipamentos nas melhores condições de trabalho.

Leave a Comment!

Your email address will not be published. Required fields are marked *


Posts relacionados