Massas lubrificantes específicas para diferentes rolamentos de turbinas eólicas

06 Oct 2016

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As turbinas eólicas localizam-se em zonas remotas onde se garantem condições de vento favoráveis para produzir a máxima geração de energia.

No entanto, as condições ambientais destas zonas específicas mudam do dia para a noite, do inverno para o verão, em zonas do ártico ou deserto, in-shore e offshore, etc. Na verdade, as mudanças de temperatura podem variar desde -40ºC até mais de 50ºC e a direção a velocidade do vento podem mudar repentinamente.

Existem parques eólicos onde, por exemplo, a humidade relativa é muito alta. E, no caso dos parques offshore, a concentração de sais é muito importante e tremendamente abrasiva. O pó também tem um grande efeito abrasivo sobre os componentes das turbinas eólicas.

Tudo isto faz com que as condições de funcionamento das turbinas eólicas sejam muito severas, exigindo um alto rendimento aos diferentes sistemas mecânicos.

Além disso, devido às dificuldades de acesso que existem para chegar às turbinas, uma das principais prioridades é alargar os períodos de relubrificação e utilizar massas específicas para cada componente das turbinas.

O rolamento principal está sujeito a grandes flutuações por causa do vento, gerando altas cargas de impulso. As condições de trabalho como altas cargas, baixas velocidades, vibrações, etc. fazem com que as condições de lubrificação elastohidrodinâmica (EHL) sejam muito difíceis de conseguir, pelo que recomenda-se a utilização de massas formuladas com óleos de até 460 cst de viscosidade, com boas características de estabilidade perante a oxidação, bom comportamento perante a água e baixas temperaturas.

Os rolamentos do gerador estão sujeitos a velocidades entre moderadas e altas, altas cargas, altas vibrações e altas temperaturas pelo que recomenda-se utilizar massas de viscosidade média (ISO VG 100), que contam com um excelente comportamento a baixas temperaturas, alta resistência às vibrações e boa estabilidade perante a oxidação. Normalmente, utiliza-se massas com um grau de consistência NLGI 2.

Os rolamentos de pá trabalham a altas cargas e vibrações, e com um movimento oscilatório. As vibrações dão lugar a problemas de fretting (corrosão e desgaste), pelo que utiliza-se massas de alta resistência à corrosão, com excelente resistência ao falso brinelling e fretting, excelente estabilidade perante a oxidação e resistência à água.

A tendência geral é utilizar o mesmo tipo de massa, tanto no rolamento principal, como em rolamentos de pá ou rolamentos yaw. Porém, para os rolamentos do gerador, costuma-se aplicar uma massa com uma menor viscosidade.

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