Atualmente, os departamentos de manutenção procuram as atividades preventivas e de inspeção sem paragem do equipamento, de forma a que apenas sejam realizadas manipulações no equipamento em caso de necessidade. A experiência indica que os momentos com maior número de paragens não programadas são gerados após a intervenção no equipamento.
Neste sentido, as atividades planificadas para a manutenção dos transformadores são a inspeção visual e as análises dos óleos dielétricos, pelo seu baixo custo e o valor que têm.
Entre as atividades de inspeção visual encontram-se:
O isolador de passagem. Verificar o nível do óleo e a presença ou não de fissuras:
- No sistema conservador, verificar o nível do óleo e o estado da silicagel
- No depósito, verificar a existência de fugas ou óxido
- No sistema de recirculação, verificar o estado das bombas de recirculação, caixas, placas, etc.
- Entre os indicadores deve ser feito um seguimento do número de manobras de OLTC (On-load tap-changer) e da temperatura do transformador.
Estos dois indicadores, “temperatura” e “número de manobras” são de vital importância para o transformador. O OLTC é o único elemento móvel do transformador e o elemento onde é produzido o maior número de defeitos (41%).
Tabela. Dados estatísticos de falhas em elementos de um transformador. Fonte CIGRE.
O envelhecimento ou deterioração do isolamento ocorre em função do tempo, da temperatura, do teor de humidade e do teor de oxigénio.
Nos sistemas modernos, para conservar o óleo podem minimizar-se as contribuições da humidade e do oxigénio uma vez que deterioram o isolamento, deixando a temperatura do isolamento como o parâmetro de controlo. Segundo indicado nos guias IEC [5] e IEEE [6], a taxa de envelhecimento relativo de um transformador duplica por cada aumento de 6ºC.